As normas atuais de projeto de estruturas em aço inoxidável, como o Eurocódigo 3, parte 1.4 (2006), são, em grande parte, baseadas em analogias assumidas com o comportamento de estruturas desenvolvidas com aço carbono. A ruptura da seção transversal representa um dos estados-limites últimos usualmente verificados para elementos estruturais submetidos a tensões normais de tração. Esse artigo apresenta uma investigação para se avaliar a resistência à tração de elementos aparafusados em aço carbono e aço inoxidável. Os resultados são discutidos e comparados em termos de distribuição de tensões, curvas carga-deslocamento, entre outros. Esses resultados foram comparados com as recomendações de projeto do Eurocódigo 3, para aço carbono e aço inoxidável, respectivamente. Essa investigação indicou que, quando o aço inoxidável é utilizado em certas aplicações da engenharia estrutural, como ligações submetidas a esforços de tração, o critério atual de dimensionamento, baseado em deformações-limites precisa de ser reavaliado, especialmente devido às diferenças elevadas de tensões de escoamento e de ruptura, respectivamente.
Current stainless steel design codes, like the Eurocode 3, part 1.4, (2006), are still largely based on analogies with carbon steel structural behavior. The net section rupture represents one of the ultimate limit states usually verified for structural elements submitted to normal tension stress. An investigation aiming to evaluate the tension capacity of carbon and stainless steel bolted structural elements was performed and in this article, the results are discussed and compared in terms of stress distribution, and force-displacement curves, among others. The result assessment was done by comparisons to the Eurocode 3 (2003) provisions for carbon and stainless steels. The investigation indicated that when stainless steel is used in certain structural engineering applications like joints under tension forces, the current design criteria based on deformation limits need to be re-evaluated, especially due to the differences in the yields for ultimate deformation and stress ratios.